Se aprovada, vacina será produzida em larga escala e disponibilizada para imunização em massa.

Os testes em humanos da primeira vacina brasileira contra a
dengue, desenvolvida pelo Instituto Butantan, começaram nesta
quarta-feira (17) na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Cerca de
1,2 mil pessoas de 18 a 59 anos devem participar do estudo na unidade.
Essa é a terceira e última etapa de testes antes de a vacina ser
submetida à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa).
Caso seja aprovada, a vacina será produzida em larga
escala pelo Butantan e disponibilizada para campanhas de imunização em
massa na rede pública de saúde em todo o Brasil. Os voluntários do teste
serão selecionados por meio do programa Estratégia de Saúde da Família,
da Santa Casa....
Nesta fase, os testes procuram comprovar a
eficácia da vacina e já estão em andamento em Manaus, Boa Vista e Porto
Velho, na Região Norte; em dois centros no Estado de São Paulo (Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto), em um centro de
pesquisas de Fortaleza e em Porto Alegre, totalizando 14 instituições de
pesquisa credenciadas pelo Butantan.
Ao todo, serão 17 mil
voluntários em 13 cidades do Brasil. Os selecionados são pessoas
saudáveis, que já tiveram ou não dengue em algum momento da vida e que
se enquadrem em três faixas etárias: 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59
anos. O acompanhamento é feito pela equipe médica responsável pelo
estudo por um período de cinco anos para verificar a duração da proteção
oferecida pela vacina.
Tetravalente
A
vacina do Butantan, desenvolvida em parceria com os Institutos Nacionais
de Saúde dos Estados Unidos (NIH, na sigla em inglês), é produzida com
vírus vivos, mas geneticamente enfraquecidos.
“Com os vírus vivos,
a resposta imunológica tende a ser mais forte, mas, como estão
enfraquecidos, eles não têm potencial para provocar a doença. A vacina
deve proteger contra os quatro sorotipos da dengue com uma única dose”,
explicou o diretor do Butantan, Jorge Kalil.
Dados disponíveis até
o momento mostram que a vacina é segura e induz o organismo a produzir
anticorpos de maneira equilibrada contra os quatro subtipos do vírus,
sendo potencialmente eficaz.
“A dengue é uma doença endêmica no
Brasil e em mais de cem países. A vacina brasileira produzida pelo
Butantan, um centro estadual de excelência reconhecido
internacionalmente, será certamente uma importante arma de prevenção,
protegendo nossa população contra a doença e suas complicações”, disse o
secretário estadual de Saúde de São Paulo, David Uip.
Portal Brasil
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