Segundo a ANFIP, Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita
Federal do Brasil, a justificativa de que a Previdência é deficitária é
mentirosa, pois segundo eles a Previdência faz parte da Seguridade
Social, que inclui o tripé previdência, saúde e assistência social, que
possuem diversas fontes de financiamento, como contribuições sobre a
folha de pagamentos, sobre o lucro das empresas, sobre importações e
mesmo parte dos concursos promovidos pelas loterias da Caixa Econômica,
para a Associação com esses recursos a previdência estaria a salva.
Nos moldes defendidos pelo governo, o sonho da aposentadoria pode
virar pesadelo em vida, o projeto pretende alterar a Constituição e
mudar as regras de aposentadoria do trabalhador, o principal ponto da
reforma é a relação entre o tempo de contribuição e o valor do benefício
que será recebido, além disso a idade mínima de 65 anos para a
aposentadoria e um tempo mínimo de 25 anos de contribuição.
A ANFIP divulga
anualmente a publicação Análise da Seguridade Social e os superávits
são sucessivos, a saber: saldo positivo de R$ 59,9 bilhões em 2006; R$
72,6 bilhões em 2007; R$ 64,3 bi em 2008; R$ 32,7 bi em 2009; R$ 53,8 bi
em 2010; R$ 75,7 bi em 2011; R$ 82,7 bi em 2012; R$ 76,2 bi em 2013; R$
53,9 bi em 2014.
No ano passado não foi diferente. O investimento nos programas da
Seguridade Social, incluídos aposentadorias urbanas e rurais, benefícios
sociais e despesas do Ministério da Saúde, entre outros, foi de R$
631,1 bilhões, enquanto as receitas da Seguridade foram de R$ 707,1 bi. O
resultado, mais uma vez positivo, foi de R$ 24 bilhões – nada de
déficit!
O saldo positivo em 2015 acontece num ano repleto de dificuldades
econômicas, o que mostra a força do sistema de Seguridade Social. Ainda,
todos os números divulgados são levantados pela ANFIP com base em dados
do próprio governo...
Para a ANFIP, prova de que o governo reconhece o saldo positivo são
medidas como as renúncias fiscais com recursos previdenciários e a
Desvinculação de Receitas da União (DRU), que sistematicamente retira
parte do orçamento da Seguridade Social, apenas em 2012, foram
renunciados mais de R$ 58 bi das contribuições sociais. Para
exemplificar melhor a Associação dos auditores criou um vídeo.
O projeto ainda vai ser analisado pela Câmara e pelo Senado e só deve
entrar em vigor em 2017, Mas a regra passa a ser a mesma para homens e
mulheres, e atingem trabalhadores privados, servidores públicos e até
políticos, mas os militares ainda não estão na lista.
R 7
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