Na edição 2019 dos Jogos Pan-Americanos, realizados de Lima, no Peru,
a equipe brasileira confirmou a melhor atuação do país em Jogos
Pan-Americanos. O Time Brasil conquistou 171 medalhas e garantiu o país
no 2º lugar do quadro geral de medalhas, com 55 de ouro, 45 de prata e
71 de bronze.
A medalha de ouro de Guilherme Costa nos 1.500m da natação, foi a
marca para o país chegar a 53 ouros em Lima e superar sua melhor
campanha em Jogos Pan-Americanos na história, ocorrida no Rio 2007, com
52 ouros.
Foram 19 dias de jogos Pan-Americanos. Nesse tempo, o Brasil mostrou
dominância em algumas modalidades, surpreendeu em outras e também viu
medalhas que pareciam quase certas escaparem. Superação e aprendizado
caminham juntos em qualquer competição esportiva. Da frustração do
ginasta Arthur Zanetti, prata nas argolas, a ouros inéditos no
badminton, boxe feminino e taekwondo feminino, o Brasil escreveu sua
história em Lima.
Favoritismo confirmado
Um desempenho histórico não seria possível sem que os favoritos
fizessem o que se esperava deles. E muitos nomes considerados
hegemônicos confirmaram as previsões e fizeram o hino nacional
brasileiro tocar várias vezes em Lima.
Um deles foi Fernando Reis. Ele conquistou o tri pan-americano no
levantamento de peso com uma performance impecável. Ele somou 420 quilos
levantados, somando o arranco e o arremesso, e garantiu com folga a
medalha de ouro. Muito superior aos seus adversários, ele levantou 21
quilos a mais que o segundo colocado, o cubano Luis Manuel Lauret, com
399 quilos....
O time de handebol feminino também manteve seu posto de imbatível nas
Américas. A vitória na final sobre a Argentina não veio fácil. As
adversárias foram mais eficientes e concentradas no primeiro tempo, mas
viram a seleção brasileira corrigir os erros na segunda metade da
partida e vencer por 30 a 21. Além de faturar o ouro e o hexacampeonato
no handebol, as brasileiras asseguraram presença nos Jogos Olímpicos de
Tóquio, em 2020.
Um dos principais nomes do Time Brasil na atualidade, o baiano Isaquias
Queiroz venceu na prova de C1 10000. Essa foi a quarta medalha de
Isaquias em jogos Pan-Americanos. Ele também participou da final da
prova de duplas C2, mas seu parceiro, Erlon Souza, passou mal e eles não
completaram o percurso.
Um dos carros-chefe de medalhas, tanto em jogos Olímpicos como em
jogos Pan-Americanos, o judô brasileiro brilhou mais uma vez. Mayra
Aguiar e Rafaela Silva, medalhistas no Rio, em 2016, não tiveram grandes
dificuldades para botar mais dois ouros na conta do Brasil.
Natação
Uma das modalidades mais generosas para o Brasil nos jogos
Pan-Americanos, a natação voltou a brilhar. Foram 30 medalhas, sendo dez
ouros, nove pratas e 11 bronzes. Dentre os triunfos, estão os ouros de
Guilherme Costa nos 1.500 metros, Etiene Medeiros nos 50 metros livre,
Bruno Fratus também nos 50 metros livre e do revezamento masculino 4x200
livre, com Luiz Altamir, Fernando Scheffer, João de Lucca e Breno
Correia.
A natação brasileira também conquistou prata nos 4x100 medley
masculino, com João Gomes Jr., Guilherme Guido, Vinícius Lanza e Marcelo
Chierighini. “A gente conseguiu ajudar muito o Brasil no quadro geral
de medalhas. A gente vem cansado do mundial, em que foi bem forte e
cansativo para todo o grupo. Chegamos aqui de coração aberto para lutar
por um resultado expressivo”, disse João ao site Rede do Esporte, do
governo federal.
O quarteto feminino dos 4x100 medley também subiu ao pódio, com
Etiene Medeiros, Jhennifer Conceição, Giovanna Diamante e Larissa
Oliveira. Elas conquistaram o bronze. “Nadar o revezamento é importante
para a natação feminina. São as melhores de cada estilo, uma prova
rápida, onde as americanas sempre ganham destaque e as canadenses
também”, disse Etiene.
Francisco Barretto e a ginástica artística
Grande destaque da ginástica artística brasileira nesse Pan,
Francisco Barretto conquistou três medalhas de ouro nesta edição do Pan:
Na barra fixa, no cavalo com alças e na equipe masculina. O triunfo de
Barretto foi de grande ajuda para a ginástica brasileira. Foi a melhor
campanha na modalidade na história do Pan, chegando a um total de 11
medalhas – quatro de ouro, quatro de prata e três de bronze nesta edição
do evento.
Basquete feminino
Foi um desempenho histórico. A seleção feminina de basquete resgatou
uma performance digna dos anos dourados da modalidade no país, quando
Magic Paula e Hortência comandavam as vitórias, e voltou a ganhar um
Pan-Americano. Desde 1991, nos jogos de Havana, que isso não acontecia.
As brasileiras derrotaram os Estados Unidos por 79 a 73. Para chegar à
final, a seleção passou por Canadá, Paraguai, Porto Rico e Colômbia. Uma
conquista incontestável e merecida.
Patinação artística
Pela primeira vez, a patinação artística feminina brasileira ganhou
uma medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. A autora
da façanha foi a patinadora Bruna Wurts. Com apenas 18 anos, ela subiu
no degrau mais alto do pódio ao somar 103,17 pontos na apresentação.
Vela
Martine Grael e Kahena Kunze ainda surfam na boa fase iniciada com o
ouro olímpico, nos jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Em Lima, a dupla
brasileira faturou o primeiro ouro em jogos Pan-Americanos na
modalidade. As duas haviam conseguido a terceira colocação da regata da
prova (Medal Race) e precisavam apenas terminar essa etapa para
conseguir o ouro.
Boxe feminino
Beatriz Ferreira conquistou a medalha de ouro ao vencer a argentina
Dayana Sanchez na categoria leve (57 kg-60 kg). Foi o primeiro ouro do
Brasil no boxe feminino em jogos Pan-Americanos. O ouro veio após uma
luta na qual Beatriz foi superior nos três rounds, com todos os cinco
juízes dando a vitória incontestável para a brasileira.
O melhor atleta brasileiro de badminton colocou de vez seu nome na
história do esporte no Brasil. Ygor Coelho conquistou o primeiro ouro do
país na modalidade ao vencer o canadense Brian Yang por 2 sets a 0.
A medalha de Ygor, no entanto, não foi a única do Brasil na
modalidade. A equipe brasileira chegou ao total de cinco medalhas nesta
edição do Pan: o ouro do carioca e quatro bronzes nas duplas.
Ygor tem uma origem curiosa e bonita no badminton. Ele começou no
esporte ainda criança. Seu principal incentivador foi seu pai, Sebastião
de Oliveira, que criou um projeto na comunidade da Chacrinha, no Rio de
Janeiro, para educar e socializar crianças por meio do esporte.
Agência Brasil
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