STJ determina afastamento de Wilson Witzel do governo do Rio

O chefe do Executivo estadual é alvo de operação da Polícia Federal por suspeita de desvios na área da Saúde.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, nesta sexta-feira (28/8), o afastamento imediato do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), do cargo. O chefe do Executivo estadual é investigado por irregularidades na área da saúde.

A determinação é do ministro Benedito Gonçalves. A Corte também expediu mandados de prisão contra o Pastor Everaldo, presidente do PSC, e Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, e Sebastião Gothardo Netto, ex-prefeito de Volta Redonda.

A medida contra Witzel tem validade de 180 dias. Com o afastamento do governador, quem assume o estado de forma temporária é o vice-governador Cláudio Castro (PSC).

A Operação Tris in Idem, um desdobramento da Operação Placebo, mira, além de Wilson Witzel a cúpula do governo do Rio de Janeiro por corrupção em contratos públicos do estado…

 

 

Além dos mandados de prisão, os agentes cumprem ordem de busca e apreensão contra a primeira-dama Helena Witzel, o presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), André Ceciliano, e o desembargador Marcos Pinto da Cruz.

Ao todo, a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), cumpre 17 mandados de prisão e 72 de busca e apreensão nos Palácios Laranjeiras e Guanabara, na residência do vice-governador, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, além de outros endereços nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais e no Distrito Federal.

Investigações

O afastamento de Witzel ocorreu após delação premiada do ex-secretário de Saúde do estado Edmar Santos. Ele foi preso em julho deste ano.

Edmar Santos foi exonerado do cargo no dia 17 de maio pelo governador Wilson Witzel, após o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) deflagarem a Operação Favorito, para investigar possíveis fraudes na compra de respiradores.

O governador do Rio responde a três inquéritos no STJ, dois deles abertos por solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR). E também enfrenta processo de impeachment na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

As investigações apuram suposto envolvimento de Witzel em desvios de recursos da Saúde durante a pandemia de Covid-19.

Além das investigações em andamento, a Procuradori-Geral da República (PGR) denunciou o governador Wilson Witzel, a primeira-dama Helena Witzel e mais sete pessoas por desvios na saúde. De acordo com a PGR, foram feitos pagamentos por empresas ligadas ao empresário Mário Peixoto ao escritório de advocacia de Helena Witzel.

 

 

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